Acerca da Europa...






Estas considerações são frutos de visitas ao campo, de dialógo com missionários e líderes locais e de uma reflexão que foi auxiliada pelos artigos apresentados no Jornal da Comissão de Missões da Aliança Evangélica Mundial (Connections – Special Edition – Focus on Europe).



RECONHECEMOS:

- Que tem havido mudanças na história, na política e economia da Europa . Este continente através da história , tem tido uma parte integral nas ondas de mudanças que acabam por afetar a todo mundo, especialmente nesta era da globalizaçao. Características destas influências, listadas por Ruth Robinson, líder na Europa, ao citar vários autores:
- Individualização
- sociedade fragmentada e solitária
- considerável escolhas para o indivíduo
- privatizaçao e individualização da religião, sendo o indivíduo servido de inúmeras escolhas
- considerável apreciação e interesse no sobrenatural, embora a frequência aos cultos nas igrejas tradicionais esteja em baixa.
- tendência dos governantes para o secularismo e também nacionalismo
- crença que não há mais absolutos morais, o que é ligado ao plurarismo do pós-modernismo
- liberalização das leis que controlam os assuntos médicos e éticos
- desintegração do respeito pela instituição do casamento, aceitaçao de união entre pessoas do mesmo sexo
- redefinição do local de trabalho , através de contratos, posições de curto prazo, escritório em casa, aumento da comunicação através da internet e colaboração à distância.
- conflitos intergeracionais, parcialmente devido as mudanças sociais e tecnológicas
- Aumento das fronteiras , com a entrada de novos países na comunidade, o que pode causar problemas econômicos, principalmente na taxa de desemprego, além de maiores conflitos para decidirem o futuro do continente. ( As nações que fazem parte desta comunidade, estão diferindo cada vez mais na suas origens históricas e culturais)
- Aumento considerável na imigração de todas partes do mundo para Europa , mas em especial de muçulmanos , versus a diminuaçao da taxa de natalidade da população tradicionalmente européia.

O influxo de pessoas para Europa não é novo, mas a consciência que este fluxo irá afetar grandente a mistura da população é o mais recente fenomeno. Há estimadamente 12 milhões de Muçulmanos vivendo no continente Europeu. Por conta disso, haverá uma mudança no equilibrio entre a taxa de pessoas com herança tradicional européia , para àqueles com descendência não européia.

- Que a Europa é um campo missionário. Na perspectiva de Deus , a Europa sempre foi um campo missionário, mas ultimamente este fato se tornou mais óbvio. Citando um líder cristão indiano, Fancis Dunderaraj, que olha para situação de fora : “igrejas espiritualmente falidas, total indiferença para o Criso e para os principios do reino, degradação moral , e um aumento considerável de aderencia aos deuses do secularismo e humanismo, materialismo e para movimentos como Nova Era.” Somando a isto grande influência do Islamismo.

Segundo o livro Intercessão Mundial(2001), na Europa hoje, Cristãos – que são definidos como àqueles que frequentam igrejas evangélicas e carismáticas, e não somente àqueles culturalmente afilidados ao título de cristão – são hoje somente 4% da população.

Somente uma fração da sociedade atende a cultos religiosos e acredita nos ensimanmentos da Bíblia, embora belíssimias construções de igrejas estejam presentes em todas partes da Europa. Muitas destas construções com valor histórico, estão vazias, exceto pelo movimento de turistas que vem para ver os trabalhos de arte. Para a maioria dos Europeus, as igrejas se tornaram museus : monumentos de uma era prévia.

No lado histórico a Europa foi palco de muitas reformas, de guerras travadas em nome do Evangelho e do surgimento de críticas e ideologias seculares o que a fez desviar da verdadeira fé.

Citando Jeff Fountain , autor de Living as People of Hope (2004): A Europa Cristã , acima de qualquer continente é culpada de deliberadamente suprimir o conhecimento de Deus , e tem se tornado desesperadamente um campo missionário necessitado.


- Que há portas abertas para o trabalho missionário

Conversando com líderes europeus, podemos perceper que há uma abertura para receberem missionários para cooperarem na revitalizaçao da igreja. Dr fiedmemann Walldorf, da Alemanha diz O forte crescimento de igrejas evangélicas nos países em desenvolvimento é um encorajamento para missões na Europa. Pessoas de todos os continentes e muitas religiões estão vivendo na Europa. Muitos não ouviram falar do Evangelho. Mas também há cristãos maduros vindo, imigrantes, trabalhadores e missionarios. O que isto significa para as igrejas locais, denominações e parcerias em missões na Europa?

- O trabalho missionário na Europa precisa ser feito em parceria

As oportunidades na Europa precisam ser aproveitadas, mas precisamos um esforço precisa ser feito para que parcerias apropriadas sejam estabelecidas. As igrejas dos países chamados de segundo e terceiro mundo, esperam uma contrapartida, no sentido do sustento de missionários enviados. Assim como as igrejas européias estão buscando um comportamento ético por parte dos missionários.

Kees van der Wilden, um líder em missões da Holanda nos apresenta o ‘Welcome Project’ , traduzindo, Projeto de Boas Vindas. Este projeto tem o objetivo de ser um Código de Melhor Prática para a igreja européia e líderes de missões e também para missionários não europeus vindo para Europa. Por uma lado, então ajudando a igreja européia a ter uma melhor atitude em relação a diferente forma dos cristãos vindos de outras partes do mundo, assim como dando aos missionários enviados uma consciencia que precisam ter treinamento e contextualização focados para um era pós-cristã na Europa.

Este código foi aceito pelos membros da Aliança Evangélica e Missionária Europeia(EEMA) durante sua reunião anual em Outubro de 2004 e foi endossada pela Comissão de Missões da Aliança Evangélica Mundial ( WEA-MC).

- Existe hoje maneiras diversas para a presença de missionários na Europa

O fluxo de imigraçao, tanto legal , como ilegal, tipicamente do leste para o oeste e do sul para o norte, tem trazido milhões de pessoas. Muitas destas pessoas nunca ouviram falar do Evangelho, mas há também cristão maduros vindo como imigrantes e trabalhadores.

Citando Ruth Robinson, que vive na Europa desde 1984, centenas de imigrantes das ex-colonias da Europa estão trazendo com eles o fervor cristão e revitalizaçao para igreja. Estes imigrantes têm aberto igrejas para suas próprias colônias, mas também alcançam o povo local. Muitos deles fazem dupla jornada, trabalhando o dia todo em serviços muitas vezes até pesados, mas às noites e finais de semana são os obreiros destas igrejas.

Este fato, somado ao alto custo de vida na Europa, tem levado muitos missionários a trabalharem também para ajudarem no sustento. Alguns têm tido êxito, mas outros acabam gastando mais tempo no trabalho secular do que no ministério. Faz-se necessário um equilíbrio .

Nos preocupamos que a facilidade na área econômica na Europa , pode contribuir com o afrouxamento de laços com a igreja enviadora , familiares e demais contatos no país enviador.



ESMT
Seminario 20-25 de febrero 2006
‘Las misiones vuelven a Europa’

EUROPA,
IDENTIDAD Y NECESIDAD


1. La identidad de Europa

Europa, aunque desde la perspectiva africana es el norte, la conocemos como occidente, que es desde la perspectiva asiática. Resulta que la relación con Asia es determinante para Europa. Geográficamente es una península del gran continente Eurasia. El nombre se remonta a la mitología griega pero probablemente tiene raíces semíticas. Probablemente también significa occidente. Europa, según la mitología, fue una princesa fenicia, hija del rey Agentor, secuestrada por Zeus, convertido en toro blanco, que la llevó a lomos a la isla de Creta, donde dio a luz al rey mitológico Minos, representante del primer florecimiento cultural en Europa.
Europa es occidente; Europa es todo lo que está lejos de Asia, porque es el ponente, fin de tierra y la tierra de la puesta del sol, las tierras de las últimas horas del día. La cultura europea es consciente de la diferencia en espacio y tiempo de las culturas asiáticas. La traducción de la palabra al alemán y neerlandés (Abendland, avondland) incluso expresa una conciencia escatología, que por cierto probablemente es falsa pero que no obstante determina la conciencia europea. Es esto: después de Europa no hay nada. La ruina de Europa (Oswald Spengler) es el fin de la historia.

La pregunta por la identidad de Europa es la pregunta por los valores básicos de su cultura, por lo que todos los europeos tenemos en común. La identidad europea no es étnica. No formamos un sólo pueblo con – por ejemplo – un antepasado común, sea histórico o mitológico. Cada pueblo occidental es una mezcla de orígenes étnicos diferentes en la cual ciertamente reconocemos algunos rasgos de las tribus que en su tiempo la compusieron: ibéricas, italianas, celtas, germánicas, eslavas y otras, pero que apenas tienen relevancia para la identidad cultural. Europa tampoco es una unidad lingüística, ni histórica. Las experiencias históricas de cada país son diferentes y además hay diferencias importantes dentro de los países. Europa no es una unidad política: nunca ha formado un sólo estado. Etnia, idioma, historia y política son los factores variables de la cultura occidental, que por ellos es una cultura tan variada y diversa, pero ninguno de ellos determina lo esencial de la cultura europea.
1. El humanismo como identidad europea posible
El debate sobre el preámbulo de la constitución europea en 2005 demuestra que occidente al inicio del siglo XXI no puede o no quiere definir su identidad. Se enfrentaron el humanismo que defendió una identidad europea arraigada en el renacimiento y la ilustración y el cristianismo, que defendió una identidad europea arraigada en la Biblia y la tradición cristiana. El humanismo se basa en la idea del sistema natural, consistiendo en tres elementos básicos que determinan el sistema humanista de los valores, que son razón, natura e historia. Según el humanismo, la verdad de la vida, del hombre, de la persona, del matrimonio, de la familia y del mundo y sus relaciones – libertad, igualdad, solidaridad y tolerancia - se descubren por razón, historia y natura. A continuación, también el cómo vivir y actuar bien, en la esfera de la vida individual, familia, sociedad y estado y la paz internacional, se determinan por razón, historia y natura.

El origen del humanismo es el renacimiento al inicio de la era moderna y la ilustración del siglo XVIII. La ilustración, según el filósofo alemán Emanuel Kant (1724-1804), es la emancipación del hombre de su ingenuidad voluntaria, que es lo mismo que su impotencia, hasta rechazo de usar la razón. El lema de la ilustración, también formulado por Kant, es: atrévete a usar tu propia razón. Kant exigió un despertar del hombre del sueño dogmático, una liberación de la sujeción voluntaria a los tutores tradicionales, que fueron la sociedad de clases, el estado feudal o absolutista y la iglesia cristiana.

La definición de Kant nos demuestra que la ilustración, por renunciar al cristianismo, reconoce el cristianismo como su pasado y su punto de referencia. Renacimiento e ilustración forman una ruptura importante en la historia occidental y una reorientación fundamental, no obstante, no la fundaron. Explican la historia de la cultura occidental de los últimos siglos, pero no su origen. Señalan, incluso en su negativismo, el cristianismo como la base de los valores europeos. Resulta que el humanismo no es la primera cosmovisión europea y tampoco la única de modo que no puede representar el origen de los valores europeos ni la identidad europea. A la vez, comprendemos por este enfrentamiento entre humanismo y cristianismo que la relación de Europa con el cristianismo es tan complicada y tan paradójica que tenemos que definirla con mucho cuidado. No podemos decir simplemente que la identidad de Europa es cristiana.
2. Jesucristo determina la identidad de Europa
Para comprender cómo y de qué manera el cristianismo puede ser nuestra herencia común, el origen de nuestros valores comunes, atenderemos a la visión de Dietrich Bonhoeffer, expuesta en su Ética, los capítulos que se llaman ‘Herencia y Corrupción’ y ‘Culpa, justificación, renovación’[1]. Antes de hacer esto, es útil darnos cuenta que Bonhoeffer escribe sus reflexiones en el epicentro de la crisis más profunda de occidente, Alemania de la Segunda Guerra Mundial, con el propósito de investigar qué salida, qué futuro podía haber para una cultura arruinada. Nosotros, viviendo 60 años después de Bonhoeffer, experimentamos que occidente no se ha curado de la crisis moral y espiritual, de modo que nuestra motivación en el fondo es la misma que la de Bonhoeffer. Nos preguntamos: ¿Es posible una restauración moral y espiritual de occidente? ¿Es posible una restauración de la fe cristiana en Europa y qué aportación pueden ofrecer las misiones?

Bonhoeffer descubre en la crisis del tiempo que Jesucristo determina la identidad europea a través de la iglesia y a través del cristianismo. El mensaje del evangelio es la encarnación, la muerte y la resurrección del Señor Jesús. Por la misión cristiana, el evangelio se ha hecho parte de la historia europea, de modo que también Jesucristo mismo se ha hecho parte de ella. Dice Bonhoeffer: ‘La encarnación de Dios en Jesucristo determina el pensamiento – consciente o inconsciente’ de Europa. ‘El Jesucristo histórico es la continuidad de nuestra historia’. La sugerencia de Bonhoeffer es que la Europa cristianizada se ha introducido en la historia de Dios con su pueblo. Ya preguntamos por el origen de nuestra cultura, por algún posible antepasado común de todos los europeos y concluimos que no hay ninguno en el sentido étnico. No obstante, Bonhoeffer nos señala al único que entra en consideración como nuestro antepasado espiritual y moral: es Jesucristo.

Bonhoeffer descarta que la cultura greco-romana sea la raíz directa o tal vez una de las raíces directas de occidente. El mundo antiguo, su ciencia, filosofía, ética y estética, sólo gracias a Cristo forma parte de nuestra herencia cultural. Solamente por Cristo y por la iglesia, Europa tiene una conexión histórica relevante con Grecia y Roma. La iglesia ha guardado elementos importantes de su cultura como utensilios para su teología y espiritualidad y estos elementos se han integrado en la cultura cristiana. Cuando comprendemos esto, comprendemos también que el renacimiento, la reorientación de la cultura occidental a la cultura antigua, que empezó en el siglo XIII en Italia y que es el origen del humanismo, sólo fue posible gracias al cristianismo.

Es sorprendente que en la identidad europea apenas hay lugar para el pasado tribal de las naciones. Si bien, este pasado está sujeto e integrado en la existencia cristiana, como algo que ‘subsiste en nosotros como algo natural’ (Bonhoeffer), pero en el fondo es una capa inaccesible de nuestra identidad. Tal vez somos ibéricos, germanos, eslavos o celtas, pero incluso cuando lo sabemos, no tiene relevancia. Miramos mucho por nuestros idiomas, sobre todo cuando son idiomas minoritarios, pero todos son cristianizados, sujetos al servicio y la expresión de verdades cristianas. En todos los idiomas europeos, la Biblia es el primero de los primeros libros copiados y más tarde imprimidos. Además, los intentos de los siglos XIX y XX de basar una cultura en principios precristianos, en nación y raza, han sido la causa de las catástrofes más terribles de la historia. Por otro lado, la radicalización del humanismo en una doctrina de salvación laica en las revoluciones francesa y rusa, no sólo acabó con los valores cristianos, sino también con los humanistas.

Creemos que la identidad de Europa está fundada en Cristo. Esta relación es histórica. La verdadera herencia común de occidente es el pasado cristiano. Dice Bonhoeffer: ‘Jesucristo ha hecho de occidente una unidad histórica. (…) La unidad de occidente no es una idea, sino una realidad histórica, cuyo único fundamento es Cristo’. Y de verdad, no existe ningún país, ningún estado, ninguna cultura europea que tenga una relación directa con su historia precristiana. Europa, como nosotros conocemos el continente, se estableció después de la cristianización. El cristianismo por su universalismo y su humanismo teológico pudo integrar tribus y pueblos muy diversos en una cultura europea. La cultura europea, su identidad y sus valores, se remontan a la obra de misioneros, de modo que la relación histórica de Cristo con Europa es misionera. En la Edad Media, esta relación dio forma a la idea de la cristiandad, el corpus cristianum, representado por los papas y los emperadores, los dos pretendiendo ser lugartenientes de Cristo. Protestantismo se resistió contra la usurpación de poderes espirituales por los papas, poderes que corresponden por un lado a Dios y por otro lado a los miembros de la iglesia. No obstante, no negó la relación de Cristo con Europa. Al contrario, la confirmó y la intensificó como una relación más directa por estimular la fe personal y la sujeción de toda la vida y todo el dominio como un sacrificio a Cristo. Hay analogía entre Israel y Europa. Israel debe su existencia al pacto con Dios. No puede existir de otra manera. Es un pueblo elegido antes de que existiese. Europa, si bien, no nació como pueblo de Dios sino consiste en tribus y naciones integradas en una historia de Dios con su pueblo. Debe su unidad e identidad a este proceso. No puede volver al pasado pagano que es inaccesible. Descristianización es desintegración.

La relación entre Cristo y Europa no sólo es histórica-misionera, también es profética. Todos los grandes cristianos europeos, desde Agustín de Hipona hasta Karl Barth, han comprendido la historia de su tiempo por la Palabra de Dios, por las analogías entre la historia del pueblo de Israel y la de su tiempo. Comprendieron que Dios está obrando en su historia por Cristo, por su palabra, por su pueblo. La relación profética de Cristo con Europa es tan evidente que los europeos siempre han preguntado por el sentido profético y teológico de las cosas. Bonhoeffer en su Ética es uno de estos profetas. La comprensión profética de la historia es la base de las grandes ilusiones que a partir de Carlomagno han movilizado la historia europea, la aspiración de fundar una unidad política–religiosa que representa el Reino de Dios. Los estados europeos medievales, según el ejemplo de Carlomagno, se legitimaron por su servicio a Dios y a su iglesia. Al final, la revolución francesa, cuando la idea original ya se había perdido por su abuso multiforme, la sustituyó por una legitimación humanista que la continua en formas secularizadas. La relación entre Cristo y Europa también es profética porque es una relación crítica que juzga proféticamente el mundo y la iglesia, condenando a todo lo que se resiste contra Dios y su Ungido, absolviendo lo que persevera en fe, esperanza y amor.

Dice Bonhoeffer: ‘Jesucristo ha hecho de occidente una unidad histórica’; Jesucristo está presente en la historia europea como una herencia común’. Cristo está presente en Europa por el evangelio y por su pueblo. No obstante, esta presencia es compleja y paradójica porque es crucificada por la resistencia del mundo. Las derrotas aparentes de Cristo, de sus discípulos, apóstoles y misioneros son victorias porque precisamente en ellas la fe y la perseverancia de los discípulos vencen el mundo. Bonhoeffer fue un derrotado, fue ejecutado cuando tuvo 39 años por el régimen nazi, dejado por su iglesia, pero su fe y su perseverancia fueron más fuertes que el mundo que se resistió contra Cristo. Tal vez que nosotros experimentamos nuestro tiempo como una derrota para la iglesia, pero cuando somos fieles en nuestra fe, somos más que vencedores. Y el Señor sabrá usar nuestra perseverancia según su consejo.
2. La incredulidad forma parte de la identidad europea
La comprensión paradójica de la identidad cristiana de Europa, nos permite incluir en ella la resistencia contra Cristo y contra la iglesia. La descristianización occidental es secularización, que tuvo y todavía tiene forma de un distanciamiento crítico frente a la Biblia, una postura negativa hacia los sistemas doctrinales, el rechazo de la cosmovisión cristiana, hasta la pérdida de la fe en Dios. Cada uno de estos elementos actuó y todavía actúa con desprecio y hostilidad para con la iglesia en sus formas históricas. El rechazo del cristianismo coincidió con ideas nuevas, más optimistas, de las capacidades humanas. La secularización no es una derrota comparable con la que sufrió el cristianismo en la Edad Media del Islam, una religión más celosa, más militante y conquistadora que el cristianismo, sino es una rebelión contra el cristianismo en base de fuerzas e ideas inherentes a la cultura cristianizada misma[2].

La resistencia contra el cristianismo no es otra raíz de la cultura europea al lado de la cristiana, sino una reacción hostil al cristianismo que se intensificó durante los siglos. La política, la ciencia y el arte se hacen independientes y autónomas de la supervisión del cristianismo y a lo largo se oponen contra él. No podemos explicar esta reacción, sin mencionar las deficiencias del cristianismo, de la iglesia, de la misión, de la teología y de la predicación. La iglesia no tuvo la capacidad de orientar y dirigir definitivamente la cultura que debe su unidad a ella. No es una religión como el islam. Incluso, hay algo trágico en la relación del cristianismo con la cultura Europa. En primer lugar, observamos una discrepancia entre el evangelio de Jesucristo y la religión cristiana. No es lo mismo. El evangelio es una instancia crítica al lado del cristianismo, que por cierto estimula la creatividad religiosa pero que también provoca la fragmentación de la iglesia. Podemos decir que el cristianismo no pudo incorporar y controlar toda la dinámica cultural que desató. En un momento la cultura patrocinada por ella, se emancipó. Históricamente, esta reacción se llama renacimiento e ilustración, racionalismo, escepticismo, agnosticismo, ateismo y materialismo. Fueron manifestaciones de una crítica latente y a veces violenta al cristianismo que también por la defensa de la iglesia se desarrolló hacia una postura negativa y hostil. La crítica se apoderó de la filosofía y las ciencias, la ética y la estética, convirtiéndolas en herramientas de otra cosmovisión. Incluso, se introdujo en la teología. De esta manera nació el humanismo que transformó los valores originalmente cristianos por darles otra base, otro propósito y otro contenido. En lugar de su comprensión por el evangelio y por la ley de Dios, recibieron el nombre de ‘derechos del hombre’. Las definiciones del hombre, del matrimonio, de la familia hasta la definición de la vida misma cambiaron y siguieron cambiando. El ejemplo más reciente es el matrimonio homosexual. Las ideologías políticas, liberalismo, socialismo, comunismo, fascismo y nacionalismo, son manifestaciones militantes de la resistencia contra la identidad cristiana de Europa.
3. La necesidad europea
La cosmovisión humanista no dio una base nueva a la cultura europea. Sus aspiraciones se perdieron en las revoluciones y guerras de los dos últimos siglos. Las ideologías caducaron y al modernismo que representan siguió el posmodernismo. Y posmodernismo es la des-construcción de todos los sistemas que defienden valores absolutos, sean humanistas o religiosos. Posmodernismo es escepticismo radical, hasta nihilismo. Bonhoeffer ya descubrió sus perfiles. Dice: ‘Occidente se ha hecho esencialmente enemigo de la iglesia’. ‘A través de toda Europa y sobre un amplio frente hay un fuerte resentimiento anticlerical’ y ‘con la pérdida de la unidad, creada por la figura de Jesucristo, occidente se encuentra ante la nada [el nihilismo, bc]. Los poderes sueltas luchan furiosamente entre sí.(…) La nada, en la que cae occidente, no es el fin natural, el hundimiento de una floreciente historia de las naciones, sino que una vez más es una nada específicamente occidental, es decir, una nada revolucionaria, violenta, enemiga de Dios y de los hombres. En cuanto negación de todo que subsiste, es el despegamiento supremo de todas las fuerzas contrarias a Dios’. Lo más preocupante de esta nada – todavía según Bonhoeffer – es que es un nihilismo dinámico y expansivo ‘que inspira a todo lo que existe su aliento antidivino, despierta a una nueva vida aparente y a la vez le extrae su auténtico ser hasta que se deshace y se arroja como despojo muerto. La vida, la historia la familia, el pueblo, la lengua, la fe – podría continuarse la serie hasta el infinito, ya la nada no perdona nada – son sacrificados a la nada’.

No hace falta demostrar la actualidad de la observación de Bonhoeffer. Occidente ha sustituido el nombre de Cristo por el nombre vacío de la nada; cristianismo por humanismo, pero el humanismo del inicio del siglo XXI se acerca a un nihilismo que se aferra a ‘los derechos humanos’ como última verdad absoluta. Hemos de subrayar que este nihilismo en todo mantiene la dependencia del cristianismo. Es su negación y antítesis. Occidente se ha descristianizado y secularizado pero no ha encontrado una base alternativa. No ha podido sustituir a Jesucristo por otro. Jean Jaques Rousseau, ni Carlos Marx, ni Friedrich Nietzsche han podido sustituir a Cristo. Fueron profetas temporales que por no cumplir sus expectativas han dejado un vacío moral y cultural. Sólo Jesucristo puede dar orientación a una cultura orientada hacia él.

La amenaza nihilista de la cultura occidental ha preocupado a una tradición larga de pensadores occidentales, desde el irlandés Edmund Burke hasta Dietrich Bonhoeffer, filósofos e historiadores, cristianos pero también humanistas. Las revoluciones de la época moderna, la francesa, rusa y alemana, fueron las cumbres de una trasformación latente en la cual occidente se separa, cada generación más, de la herencia cristiana, hasta olvidarse completamente de la misma. En la última parte del siglo XX, se ejecutó una revolución social y moral que empezó como una rebelión contra todo tipo de autoridad palabra, pero que, después de apoderarse de ella, la usa para cambiar las definiciones de persona, matrimonio y familia. Es una revolución que se sirve de la educación pública, del derecho civil y de las instituciones de seguridad social para sustituir las definiciones tradicionales, en las cuales todavía reconocemos la ética cristiana, por definiciones que ya no son humanistas sino experimentales. Parece que Europa es motivada por un odio irracional contra si misma que le impide valorar lo positivo en su propia historia y que le obliga a ver sólo lo negativo, lo cruel y lo hipócrita, escribe Joseph Ratzinger en 2005. La prueba más clara de este odio contra si misma es el holocausto. El nazismo es la negación más radical del cristianismo y de todos sus valores y un intento de volver a un pasado precristiano que – ya lo vimos – es inaccesible. Es imposible encontrar otro motivo de este genocidio industrializado que el odio nihilista de Europa contra lo que por Cristo es y debe ser: una cultura cristiana, un pueblo de Dios. Ya lo hemos dicho: descristianización en Europa es desintegración.

4. ¿Es imaginable una restauración de occidente?
Bonhoeffer concluye: Occidente rechaza su herencia histórica. Occidente se ha convertido en enemigo de Cristo. En medio de esta situación ruinosa, Bonhoeffer todavía guarda la esperanza de una restauración de occidente a partir de las estructura básicas del corpus cristianum, es decir, las iglesias cristianas y ‘el resto del poder estatal que se opone todavía eficazmente a la destrucción’ y que representa la fuerza espiritual de ‘lo que detiene’ el poder anticristiano que menciona el apóstol Pablo en (2Tes. 2.7).

No podemos reprochar a Bonhoeffer por falta de realismo. Cuando escribe sus reflexiones sobre la herencia y la culpa de occidente, se encuentra en la cárcel, incomprendido hasta traicionado por su iglesia. No obstante, para Bonhoeffer, las iglesias, son las ‘portadoras y guardianas de la herencia de la Edad Media y de la reforma protestante, y sobre todo son testigos del milagro de Dios en Jesucristo ‘ayer, hoy y para la eternidad’ (Heb 13.8). Bonhoeffer nos explica, con seriedad profunda, que la restauración de occidente puede venir solamente de Cristo y a través del arrepentimiento de su pueblo. Y el lugar del arrepentimiento es la iglesia, porque ‘es la comunidad de hombres que por la gracia de Cristo es guiada al conocimiento de la culpa en Cristo’. ‘La iglesia es hoy la comunidad de hombres que, aprehendida por el poder de la gracia de Cristo, conoce y toma sobre sí su propio pecado personal y también el alejamiento espiritual del mundo occidental. La iglesia es la comunidad en la que Jesucristo realiza su figura en medio del mundo. Solamente, la iglesia puede ser el lugar del renacimiento y de la renovación personal y comunitaria. La confesión de la culpa en y por la iglesia empieza con la confesión de cada uno de los creyentes de su culpa personal. El arrepentimiento personal es la confesión de todos los pecados, incluso los pecados más secretos y aparentemente más insignificantes, como una mancha y una herida en el cuerpo de Cristo. Precisamente, el pecado personal es pecado en todos sus dimensiones. Es pecado que nos conecta con Adán y su pecado. Es pecado original.

A la vez, confesando el pecado personal, los creyentes confiesan el pecado y la culpa colectiva de la iglesia que no ha sabido orientar la cultura confiada a ella. Bonhoeffer menciona: la falta de claridad teológica, el abuso teológico del nombre de Dios y del nombre de Cristo, la negligencia con respecto al día del Señor, tanto en la forma obligar a trabajar a los obreros y empleados, como en forma de negligencia con respecto al culto dominical. Bonhoeffer comprende la crisis de la familia en sus muchas formas como una culpa de la iglesia: la desautorización de los padres, el descuido de los ancianos, la divinización de la juventud. La iglesia es culpable de la disolución sexual. La iglesia es culpable por no haber hecho lo suficiente contra la explotación de los pobres y contra el enriquecimiento exorbitante de los ricos y poderosos. Ha cerrado los ojos por las diferentes formas de opresión social y económica; es culpable por no tener una solución de la criminalidad. En resumen: en la confesión del pecado, la iglesia se confiesa culpable de todos los mandamientos del Señor. ‘No ha dado testimonio de la verdad de Dios’, no ha enseñado correctamente la justicia de Dios, ni su providencia. Bonhoeffer no niega que la situación espiritual también es una manifestación del juicio de Dios por causa de la incredulidad y del endurecimiento de un mundo que le debe toda su identidad. Al contrario, en la confesión de la culpa personal, el creyente experimenta la ira justa de Dios. Pero precisamente en esta condición acontece la salvación, porque él que confiesa su culpa es incorporado en la figura de Cristo, hombre juzgado y entregado a la muerte por Dios y resucitado a una vida nueva por Dios también. Para Bonhoeffer, la única renovación de occidente imaginable es a través de la renovación de la iglesia por Dios, que la conducirá a la comunión con Jesucristo, resucitado y vivo. Cuando habla de la salvación de occidente, usa la palabra justificación. Y la justificación de occidente que se apartó de Cristo reside en la justificación de la iglesia, cuando es introducido por ella en la realidad de la cruz de Cristo. Sólo en esta condición es posible la restauración del orden y del derecho.

¿Qué significado tiene la misión nueva hacia Europa en relación con la identidad y necesidad de occidente? ¿Puede fundar nuevamente la iglesia en Europa? ¿Debe esforzarse para renovar y restaurar el cristianismo en Europa por nuevas formas de misión e iglesias más dinámicas? ¿Podemos esperar la recristianización de Europa, tal vez en otra generación, o tenemos que comprender las misiones hacia Europa en el sentido de Isa. 28.11,12 (véase 1Cor.14.21), como una última palabra de Dios que por el endurecimiento de nuestras naciones se convierte en un juicio? En todo caso, las nuevas misiones deben comprender la identidad y la necesidad de Europa. Igual que los apóstoles de Mat 10, son llamados a cumplir una tarea pastoral. Con abnegación y perseverancia, sin esperanza histórica pero en vista del fin de los tiempos, para predicar, en el nombre de Cristo, motivados por la misericordia del Señor para con las ovejas perdidas en Europa, un mensaje de arrepentimiento: arrepentíos, porque el Reino de los Cielos se ha acercado. Y el Reino se concentra en Cristo, a quien Europa debe su identidad. Arrepentimiento no es un cambio simple. Es un cambio por causa de una vuelta, la vuelta de a lo suyo y la vuelta del hombre a su Dios y Creador.

Recomendaciones
Investigar la antítesis entre humanismo y cristianismo en Europa.
Comprender que misión en Europa es la reclamación del poder de Cristo de su propio patrimonio; a lo suyo vino, pero los suyos no le recibieron (Juan 1.11).





febrero 2005, Bernard Coster bcoster@teleline.es

[1] Dietrich Bonhoeffer, Ética (Madrid 2000).
[2] El lema de la revolución francesa de libertad, igualdad y fraternidad tiene una prehistoria larga que se remonta a los profetas bíblicos, el mesianismo judío y luego, las rebeliones de campesinos durante los siglos XIV-XVI y a las rebeliones sindicalistas en las ciudades industriales Francia 1358; Inglaterra 1381 (coincidencia con Wiclif), Cataluña 1395, Alemania 1524. Lema común: Cuando Adán cavaba y Eva hilaba, ¿dónde estaba el gentilhombre? Rebeliones famosas de síndicos y de burguesía acontecieron en el siglo XIV en Flandes.

Comments

Popular Posts