Queridos Irmãos e Amigos, Companheiros de Ministério.

“Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”. “ II Cor. 1:20

Serve esta carta para, de novo, vos agradecer as generosas ofertas e orações a favor do nosso ministério missionário. Também queremos dar-vos conta do que o Senhor tem estado a fazer nestes últimos tempos nas nossas vidas e ministério.

Infelizmente, as notícias quanto à Rute não são muito animadoras. Temos pedido as vossas orações sobre o seu problema contínuo de dores na coluna. Realmente ela não tem estado nada bem. A acumular a tudo isso, ela tem trabalhado imenso no Seminário porque a cozinheira do STB também fracturou um braço e, desde o dia 1 de Abril, a Rute faz também os almoços. O cansaço é muito e ela está ansiosa por ver o semestre terminar. Embora eu lhe tenha proposto uma interrupção imediata de algumas dessas tarefas, ela não crê que o deva fazer por estarmos quase no fim do semestre e porque ela sempre está na expectativa de melhorar o seu quadro clínico. Creio que o cansaço dela não é só físico, é também emocional. Este ano foi muito violento com muitas cargas, acidentes, viagens, algumas lutas, embora a consciência da presença do Senhor tenha sido uma constante. Além de tudo isso, este foi o primeiro ano sem seguro de saúde, depois de 7 anos com esse enorme privilégio. Sem seguro de saúde os cuidados médicos baixaram. Nem sempre cuidamos bem dos que mais amamos. Eu quero cuidar melhor da minha amada esposa. Vou tentar ajudá-la mais e poupá-la de algumas tarefas, se ela me deixar. Orem também por umas férias revigorantes, mesmo sem grandes condições financeiras. Toda a família precisará disso.

Sobre o nosso vizinho “barulhento”, creio que as coisas estão mais controladas. Obrigado pelas vossas orações! Sentimos que têm feito a diferença. As meninas também estão cansadas dos estudos mas está quase….quase….a chegar o final de mais um ano. Pela graça de Deus, as notas têm sido muito boas, nos três casos. Louvado seja o Senhor!

No Seminário Baptista, para além da cozinheira que fracturou o braço, as coisas vão caminhando bem com novos desafios depois de ter sido reconduzido pela denominação para mais três anos como director do STB. Entretanto, o nosso governo lançou um novo decreto lei que altera significativamente a forma de trabalhar das escolas privadas que pretendem fornecer conteúdos ao nível do ensino superior. Os directores das Escolas Bíblicas em Portugal estão a encontrar-se para estudar a viabilidade de um projecto de criação de uma entidade que vise o reconhecimento estatal do Ensino Teológico Evangélico feito nas nossas Escolas Bíblicas. Para já trata-se de verificar se há alguma viabilidade. Por favor orem por este assunto. É fundamental que o Espírito de Deus presida a este assunto. A três semanas do culto de graduação, alegro-me imenso por ver os Irmãos Carlos Lopes, André Mota e Alberto Carneiro a receberem os seus diplomas! Deus é maravilhoso! Parece também que Deus tem ouvido as orações de muitos de vós, e estão a chegar novos obreiros para colaborar connosco no STB. Que alívio! Orem pelo retorno dos Arabis (EUA), da hipótese de colaboração do Rubens e da Magali Luz (Brasil) e da Kris Knowles, jovem missionária americana, membro da nossa igreja, que quer ajudar o STB em projectos missionários de curto prazo e na administração.

Na Mevic, estamos muito encorajados com o ministério das 5 famílias envolvidas em missões. Estive 8 dias na Guiné-Bissau e fiquei emocionado com a dedicação e fidelidade dos nossos missionários Orei e Isabel Quemol. É incrível como em meio a tanta miséria, Deus coloca filhos seus, que abrem mão do seu conforto tal como Jesus fez, para servirem aqueles que nada têm. O Orei e a Isabel estão a fazer algo de grande impacto no Reino a partir de Bissau. Estendem a sua acção a Biambi onde não há testemunho evangélico e onde vivi uma tremenda experiência ministerial. Quando visitava essa “tabanka” (aldeia) fui confrontado com um antigo quartel militar estabelecido pelos portugueses no período da guerra colonial. Nessa tabanka, os portugueses construíram infra-estruturas básicas para a população que ali reside. Tinham escola, posto sanitário, furo de água e até campo de futebol. Tudo isso acabou por ser destruído depois da guerra colonial e ainda agravado por altura da guerra civil de 1998. Quando me ofereci para ajudar a levantar fundos para a recuperação do furo de água, uma obra de 300,00 €, diz-me o chefe aldeão: “Se cumprir essa promessa, feita já por tantos outros, eu adiro ao seu Cristo e à fé cristã e até faço mais…ofereço-lhe um dos meus filhos, ao qual lhe porei o seu nome, para que o possa criar em Portugal.” Espero, sinceramente que a segunda parte da oferta não se concretize, mas estou seguro que o furo de água será renovado. Uma igreja amiga já se comprometeu com esse valor! Vamos esperar que o aldeão venha a Cristo! É que em África, “fé sem obras” não é algo inteligível.

Ainda na Mevic, estamos desejosos de perceber o que o Senhor vai fazer neste processo de transição da família Barata para o continente. Será muito bom podermos voltar a trabalhar juntos. O Paulo e a Helena Barata são dos amigos próximos, os mais próximos. O nosso amor em Cristo supera, em alguns casos, laços de sangue. Vamos trabalhar juntos na plantação de uma nova igreja na freguesia de Belas e isso enche-nos de alegria. Orem pelo sustento deles e pela ligação à Operação Mobilização que passarão a liderar. Um outro grande projecto é o http://www.conhecerdeus.com/ , uma grande ferramenta evangelística para a pós-modernidade que estamos a preparar e que será coordenada, para já, pela Mevic com o apoio da Aliança Evangélica Portuguesa. O Emanuel Resina é o coordenador deste projecto e precisará da ajuda de conselheiros espirituais que façam o follow up nas igrejas que aderirem a este ministério. Orem também para que Deus levante os meios financeiros necessários para que nada falte. Em 2006, em França, cerca de 800 pessoas assumiram que esta ferramenta http://www.connaitredieu.com/ (francês) os levou a Cristo e ao baptismo nas águas numa igreja local da sua cidade.

Agradeçam connosco ao Senhor pelos contactos preciosos que fiz na Assembleia Geral da Aliança Evangélica Italiana, onde estive, a convite da liderança evangélica italiana. Eles querem saber como dinamizar um movimento de plantação de igrejas à semelhança do projecto Missão Global 2015 aqui em Portugal. Também a FEREDE de Espanha me convidou para uma reunião de planeamento missionário estratégico e conto ali estar para dar o nosso contributo humilde. Também em Junho, terei uma reunião histórica com todos os pastores da Aliança Evangélica do Luxemburgo, cerca de 15, a propósito de movimentos de plantação de igrejas naquele país. A entrega do testemunho para um outro líder na Assessoria de Missões da Aliança Evangélica Portuguesa ainda é algo que nos preocupa. Depois de 5 anos de trabalho queremos fazer a entrega da liderança deste ministério em Novembro de 2008. Orem por isso para que a pessoa certa seja encontrada.

Falta ainda falar-vos dos meus planos relacionados à minha carreira académica. Estamos em contacto com uma Universidade cristã em Bruxelas onde poderemos vir a fazer o programa de doutoramento em missiologia. É um sonho antigo que só se concretizará se se confirmarem os necessários apoios. Orem também por este assunto. Se nada acontecer, investirei num programa de mestrado em Portugal, numa escola já reconhecida, para que melhor possa servir a escola onde o Senhor nos colocou.

Na nossa Igreja, estamos a numa fase de decisão sobre questões muito importantes quanto ao futuro da igreja. Instalações, liderança, novos crentes, 6 baptismos para realizar, etc. Continuamos a ajudar dois dos líderes da Igreja, o André e o Sérgio, num trabalho de mentoria semanal e isso tem sido motivo de alegria.

Finalmente, confesso-vos que estamos um tanto preocupados com a estabilidade ou instabilidade do nosso sustento. Não sabemos nada sobre o que planeiam fazer alguns dos nossos sustentadores a partir de 2009. É algo que nos inquieta porque já em Agosto perderemos 285,00 € do nosso rendimento. Por vezes ficamos agastados com a precariedade do nosso vínculo missionário. Sabemos que Deus é fiel e não nos faltará como até aqui. No entanto, a tentação de buscar segurança para garantir o sustento e a saúde da família que o Senhor nos confiou, nestes últimos tempos, tem sido mais frequente. Orem por isso enquanto estamos a buscar apoios mais regulares de igrejas e amigos. Queremos estar no centro da vontade de Deus e não em qualquer “Társis” por mais tranquila que possa parecer.

Por agora é tudo,
Com amor,

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